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Circuncisão
década de 1970
Preparativos para a cerimónia de circuncisão quioca, na província da Lunda. À esquerda, o operador, que se distingue do resto do pessoal por um risco de barro vermelho, feito longitudinalmente, de uma têmpora outra, passando sobre os olhos e raiz do nariz. Ao fundo, o “mukiche” (mascarado) que, entre outras funções, guarda o local da operação para evitar que qualquer pessoa, alheia ao rito, profane o recinto da circuncisão.
Quiocos
Os Tshokwe, chamados Quiocos pelos portugueses e Badjok pelos vizinhos do Zaire (actual República Democrática do Congo), são povos de origem Banto com uma organização social matrilinear e constituindo a população de maior dimensão da área oriental de Angola. As populações desta etnia que habitam no Zaire e na Zâmbia são originários de Angola e resultado de grandes emigrações nos finais do século XIX e princípios do século XX. Extraído de “Escultura Tshokwe” (1999), de Marie-Louise Bastin.
A circuncisão
Dos dez aos catorze anos, os rapazes vão para a mukanda (área de palhotas isoladas), onde são submetidos circuncisão e onde lhes são ministrados todos os ensinamentos referentes às canções, músicas, danças da etnia, bem como os trabalhos de artesanato. Quando numa aldeia ou grupo de aldeias há dois ou três rapazes com idade de serem circuncidados, os pais combinam com o “nganga-mukanda” (operador), com o seu “tchifungudji” (ajudante) e com o “tchikolokolo” (professor e enfermeiro), qual o dia em que será iniciada a festa que precede a entrada na mukanda. Extraído de "Os Tutchokwe do Nordeste de Angola", de João Vicente Martins.
- Autor
- Gualberto Boa-Morte Galvão
- Cedida por
- Gualberto Boa-Morte Galvão
- País
- Angola