Em 16 de Junho de 1934, é inaugurada no Porto, no Palácio de Cristal (recuperado para o efeito) e jardim envolvente, a 1.ª Exposição Colonial Portuguesa. Seguindo o exemplo e o modelo de exposições congéneres anteriores - Marselha (1922), Antuérpia (1930) e Paris (1931) - prolongar-se-á até 30 de setembro do mesmo ano, constituindo o primeiro grande ato de propaganda colonial, na metrópole.
Destinada a educar os portugueses (letrados e iletrados) sobre o projeto imperial e assuntos coloniais, a exposição servia o pressuposto de combater a ignorância da população metropolitana em relação aos domínios ultramarinos, oferecendo, a par de um espetáculo próprio de um parque de diversões, uma verdadeira lição de colonialismo.
Reprodução de aldeias indígenas das várias colónias, recriadas com fulas, balantas, bijagós, hindus, timorenses e outros exóticos, (expostos de forma individual ou organizados em grupos de família), um parque zoológico com animais exóticos, réplicas de monumentos ultramarinos e gastronomia das colónias, concorrem para os objetivos.
Multiplicaram-se então as excursões provenientes de vários pontos do país, ferroviárias (organizadas pela CP) e rodoviárias (organizadas por varias empresas e entidades do Norte e Galiza), muitas delas incentivadas pelo apelo dos párocos na missa.

Autor

Não identificado

Recolhida por

Lurdes Carreira em colaboração com Carmen Cortes

Cedida por

Andrés Carballo Llovo

País

Portugal

Local

Palácio de Cristal, Porto

Cidade

Porto